O velho Mário Pessoa e o bom senso para o seu uso (e abuso)

O velho Mário não suporta tanto
Arquivo/José Nazal

É indiscutível a importância e o papel do esporte amador na transformação social de um povo. Mas é fundamental também respeitar o esporte profissional, que movimenta recursos, patrocínios, também transforma, que custa caro, gera empregos e promove lazer para a população.

Diante da importância dos dois é necessário, portanto, encontrar um caminho onde o amador não atrapalhe o profissional. E vice-e-versa. Feliz de uma cidade que consegue unir os dois.

Feita esta análise, vamos aos fatos.

Neste final de semana enquanto o Colo Colo se classificava para a próxima fase do campeonato baiano, iniciava-se em Ilhéus, a disputa do campeonato municipal amador.

O problema é que, a partir de agora, as duas competições usarão o mesmo palco para as suas respectivas disputas: o estádio Mário Pessoa.

Colo Colo podendo jogar às quartas e domingos. Os clubes amadores, jogando às terças e quintas-feiras.

Uma pergunta precisa ser feita às autoridades municipais: o gramado (que já não é dos melhores) do estádio Mário Pessoa tem condições de suportar tamanho desgaste?

Até um leigo responde facilmente a este questonamento: claro que não.

É preciso, portanto, aplicar o bom senso.

Não custa nada a Liga Ilheense de Futebol (LIF) "atrasar" por algumas semanas a disputa do campeonato amador, cujo calendário é possível de ser readequado, para dar condições ao futebol profissional, que trabalha com seriedade, de oferecer ao torcedor de Ilhéus a alegria de mais um título estadual.

Qualquer decisão fora esta, será um gol contra no futebol de Ilhéus. Seja ela o profissional ou o amador.